Após uma tragédia familiar, Jake (Asa Butterfield) vai parar em uma ilha isolada no País de Gales buscando informações sobre o passado de seu avô. Investigando as ruínas do orfanato “Miss Peregrine’s Home for Peculiar Children”, ele encontra um fantástico abrigo para crianças com poderes sobrenaturais e decide fazer de tudo para proteger o grupo de órfãos dos terríveis hollows.
[Sinopse]
Esse foi um filme precedido de muita desconfiança, pois o diretor Tim Burton e sua clássica estética esquisitona (Jonnhy Depp escapou dessa!) já vinham mostrando sinais de um certo cansaço, vide a última década, quando só havia feito “Alice no País das Maravilhas” de memorável. De fato o filme fica parecendo um “X-Men” com “Feitiço do Tempo”, com uma pegada dos monstros de “O Labirinto do Fauno” de Guillermo del Toro, mas confesso que o filme me surpreendeu positivamente.
O gênero fantasia, quando bem executado, rende história clássicas, que “casam” perfeitamente com os anseios do público infanto-juvenil, vide os casos de “Edward Mãos-de-Tesoura” (do próprio Burton), “A História Sem Fim”, “A Princesa Prometida”, dentre inúmeros outros. É um gênero pronto para se gostar, um misto do espetacular da ficção com o encantador do romance.
Afora uma metragem excessiva (mais de duas horas), com um longo e desnecessário clímax, é um filme que transita muito bem entre o terror e o encanto, a realidade dura da guerra (por sinal, ótimo pano de fundo) com o lúdico, com um elenco de primeira qualidade, com destaque para Asa Butterfield e a ótima Eva Green.